Pasi conquista trabalhador através das empresas
No mercado de seguros há 33 anos. Alaor Silva Júnior, percebeu muito antes da concorrência o potencial do seguro massificado Em 1989 ele lançou o Plano de Amparo Social Imediato (Pasi). - ma seguro de vida destinada aos trabalhadores que não podem ter um seguro convencional. "Descobri que havia um nicho de merca do que nunca tinha sido explorado pelas seguradoras brasileiras", lembra. O ideia deu tão certo que hoje ele se dedica exclusivamente ao Pasi, um negócio que movimenta R$ 10,5 milhões por ano.
O Pasi trabalha com um capital segurado entre R$ 1.000 e R$ 20 mil, com a maior parte dos 850 mil segurados concentrados na faixa entre R$ 10 mil e R$ 15 mil. Para esses benefícios, a mensalidade varia de R$ 5,22 a RS 7,83 e é paga pela empresa ou entidade, porque o plano só ó comercializado para grupos. Hoje o Pasi já é vendido em 20 Estados e conta com 18 mil empresas conveniadas.
Entre elas estão boa parte dos filiados do Sindicato da Indústria da Construção Civil (SindusconMG). "Foi um ganho muito grande para os trabalhadores", diz o vice-presidente da entidade. Walter Bernardes de Castro Federações do Comércio de Minas e São Paulo. Ordem dos Advogados de Minas, Sinduscon de Goiás, e sindicatos das indústrias de cerâmica e olaria, eletrônicos e calçados são outros exemplos de clientes do Pasi.
O seguro é comercializado pela Vera Cruz e gerenciado pelo seu criador, que sempre se preocupar em apresentar novas coberturas aos beneficiados. Além das coberturas comuns. por mor te e invalidez. O Pasi paga indenizações por morte do cônjuge e dos filhos do titular, e por nasci mento de filho com doença congênita. Em caso de falecimento do titular, a família recebe duas cestas básicas e a empresa é reembolsada pelas despesas com o acerto trabalhista.
Seguradoras apostam em modalidades mais baratas para vencer queda na renda da
população; mercado total gira R$ 37 bi
Diante de um consumidor cada vez mais empobrecido, que perdeu 12,9% de sua renda somente no
ano passado, as seguradoras brasileiras estão descobrindo um novo nicho de atuação: os seguros populares. Com valores menores e consequentemente mensalidades mais baixas que as oferecidas nos produtos tradicional, essa modalidade deve ter O seu "boom" este ano. "O momento desse tipo de produto é agora", preveo diretor da Superintendência de Seguros Privados (Susep).
Segundo a Susep, a participação dos seguros populares no bolo do negocio ainda é inexpressiva, mas esse é um dos segmentos que tem mais potencial para expansão. No ano passado o mercado de seguros movimentou R$ 37 bilhões no Brasil, sendo R$ 1,64 bilhão em Minas, mesmo sem alcançar a maior parte da população. A entidade defende o lançamento de planos criativos, que ofereçam boa relação custo beneficio para o cliente. "E um mercado muito interessante e muito amplo. O que o Brasil mais tem é gente para segurar", avalia o presidente do Sindicato das Empresas de Seguro Privado de Minas Gerais (Sesmie).
Alberto Constantino de Araujo segundo ele, o mercado do seguro popular pode crescer tanto com produtos individuais como com aqueles oferecidos em grupo. Neste último caso, ele cita as coberturas oferecidas por administradoras de cartão de crédito e por empresas, que oferecem o beneficio ao empregado. Constantino também é diretor da Minas-Brasil e afirma que a empresa está estudando formas de entrar nesse nicho de mercado.
Além de um bom negócio para as empresas, o diretor da Susep. Jodo Santos, destaca a importância social do seguro popular. "A proteção representada pelo seguro é especialmente importante para pessoas e famílias de baixa renda", afirma. Santos acredita que os seguros populares têm mercado diversificado, podendo oferecer produtos voltados para proteção do patrimônio e pessoais.
"Essas famílias de baixa renda constroem seu patrimônio em mais tempo e à custa de mais sacrifício. No caso dos seguros pessoais, é especial mente necessário, avalia.