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Aumento da sinistralidade nos últimos meses corroborou para seguradoras estudarem manter essa cobertura mesmo com ajuste de preço
Com a aceleração das mortes por covid-19 neste ano e, consequentemente, o aumento na sinistralidade do setor, as companhias calculam manter a cobertura de seguro de vida para esses casos. Segundo o levantamento do site Valor Econômico, o primeiro estudo é que a manutenção será feita, mesmo com ajuste no preço.
Em fevereiro, a Susep identificou sinistralidade crescente no grupo vida, o que inclui as categorias individuais e coletivo. A taxa atingiu 61,3%, com avanço de 2,3 pontos percentuais sobre janeiro. Desse modo, a análise feita é que se trata de um avanço significativo. Isso porque um mês antes a sinistralidade na carteira estava em 45,2%.
Segundo a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), o mercado manterá a cobertura, mesmo que possa fazer algum ajuste nos prêmios. Em entrevista ao Valor, Ana Flavia Ribeiro Ferraz, presidente da Comissão de Riscos da entidade, destaca que “o que foi considerado no ano passado como exceção à cláusula da pandemia para cobrir a covid-19 se tornou a regra no mercado”.
“Algumas seguradoras têm apresentado seus produtos claramente garantindo essa cobertura ainda que com algumas condições, como período de carência, mas colocando especificamente a covid-19 como um risco coberto nos contratos”.
Em março de 2020, as seguradoras tomaram a iniciativa de expandir a cobertura de seguro de vida para casos de mortes em decorrência da pandemia. O PASI, por exemplo, contabilizou o pagamento de indenização para mais de 350 famílias até o início deste mês. Além disso, a seguradora desenvolveu a Central de Amparo PASI, que oferece às famílias e segurados apoio de diversas naturezas.
“A Central de Amparo PASI contribuiu e fez diferença na vida dos segurados e de seus familiares em diversos momentos, amenizando angústias, incertezas e inseguranças”, destaca André Araújo, gerente de Relações Institucionais do PASI.
Ao Valor, o presidente do Instituto Brasileiro de Direito do Seguro (IBDS), Ernesto Tzirulnik, revelou que parte das seguradoras está diante do dilema de voltar atrás ou manter a concessão de liberar a cobertura para pandemia. “Agora a covid-19 começou a matar mais as pessoas que têm seguros, das bases das seguradoras”, diz o especialista em direito securitário. “Na primeira onda, as vítimas eram mais pobres e mais velhas, um público que não consome tanto seguro.”
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