No primeiro ano, o plano foi aceito por 25 construtoras, totalizando quase 10 mil empregados Como a cláusula de pagamento da indenização em 24 horas depois do acidente jamais deixou de ser cumprida, o projeto se popularizou e o corretor Silva Júnior viu seu pequeno escritório subitamente transformado na encorpada Corre tora Asteca, depois nomeada gestora exclusiva do seguro de vida.
Hoje, o Pasi está presente em 20 estados, dispõe de dois mil corretores, conta com 18 mil empresas na sua relação de clientes e atende a vários setores da economia, incluindo também entidades patronais. Recentemente, a Federação do Comércio de Minas passou a oferecer essa modalidade de seguros aos lojistas que mantivessem em dia sua contribuição, o mesmo procedimento da Ordem dos Advogados em relação aos seus associados. Nos próximos dias será as sinado um convênio com a Fede ração da Agricultura de Minas Gerais (Faemg), para estender o beneficio a 500 mil homens do campo, patrões e empregados.
A construtora Consita, que atua em limpeza urbana em Belo Horizonte, está no Pasi há 15 anos Ela integra um grupo de quatro companhias, duas das quais no ramo da agroindústria, com o total de 2.400 empregados e um dos seus proprietários, o empresário José Maria Junqueira, só tem palavras de elogio para o plano de saúde, que já pagou mais de cem indenizações de famílias de seus funcionários, sempre no prazo estipulado. "Estamos muito satisfeitos e nossos empregados, também, digo sem medo de errar", garantiu. Essas palavras são praticamente as mesmas da coordenadora de se guros da Ordem dos Advogados de Minas Gerais, Márcia Duarte Tertuliano. A entidade paga R$ 1,99 por associado em dia com mensalidades e, em contrapartida, a família do advogado terá RS I mil reais de indenização, além do auxílio-funeral e das duas cestas básicas. "Parece pouco, mas damos graças a Deus, pois não podemos nos esquecer de existe muito advogado carente", lembra.
Segundo o corretor Silva Júnior, essa modalidade de seguro poderá alcançar todos os 40 milhões de brasileiros que trabalham com carteira assinada e até mesmo as empregadas domésticas. Ele admite que os R$ 15 mil-que é o teto não constitui uma indenização fantástica, mas lembra que, com RS 6 mil se pode comprar um barracão em bom estado em Belo Horizonte. Na sua visão, a causa do sucesso do Pasi foi o fato de jamais criar dificuldades para se indenizar as famílias das vítimas. Quando o operário assina seu contrato de trabalho já deixa com o empregador toda a documentação necessária ao pagamento da indenização.