Com 26 anos, empresa já pagou R$170 milhões de indenizações
Primeiro seguro popular do Brasil, o Plano de Amparo Social Imediato (Pasi) nasceu em Minas Gerais, há 26 anos. “Hoje, quase todas copiamo Pasi”, gaba-se o fundador da empresa, Alaor Silva,61, em relação ao chamado “microsseguro”.
Com 2,5 milhões de segurados entre titulares e dependentes, já foram R$ 170 milhões de indenizações distribuídas pelo Pasi para 35 mil famílias. E o empresário visionário diz que é preciso uma reinvenção constante do negócio. “Não vou conseguira tender todo o mercado nacional, mas o próprio mercado me considera um laboratório, então, eu vou sobrevivendo com a inovação”, afirma Silva, que estudou até o ensino médio. Silva conta que, antes do Pasi, até a década de 80, havia um grande número de ações judiciais contra as empresas por elas não terem um seguro para o trabalhador quando ocorria um acidente de trabalho fatal. E isso,de acordo com Silva, incorria numa despesa muito grande para a empresa, e sem parâmetros. Tudo porque o cálculo da indenização era feito pelo juiz de acordo com a idade da vítima, função na empresa e a expectativa de vida útil que ele ainda teria. “Isso deixava as empresas vulneráveis para poder arcar com uma indenização, às vezes, muito acima da sua capacidade de pagamento para absorver um custo extra”, explica o executivo.
CONVENÇÃO
Como o modelo Pasi foi incorporado por sindicatos como cláusula de convenção coletiva, Silva explica que as empresas que o contratam ficam livres de custos que não estavam na planilha. Atualmente, de 25% a 30% dos seguros Pasi estão concentrados na construção civil, e os demais distribuídos em diversos setores da economia como vestuário, indústria de calçados, postos de gasolina e metalúrgicos. Por R$ 11 mensais por trabalhador que a empresa paga ao Pasi–independentemente do número de empregados que ela tenha–o empregado está assegurado em R$20 mil, em caso de morte, além de vários outros benefícios (veja o quadro) .
Hoje, o Pasi atende 20 mil empresas clientes e 300 entidades de classe distribuídas pelo Brasil. “Conseguimos chegar à vida das pessoas também num momento de muita alegria, que é na hora em que nasce um segurado”, ressalta Silva, para benefícios além de seguros por morte e invalidez. E para não perder cliente para outras empresas, Silva diz que não dorme como qualquer pessoa normal e está sempre atento.
Algumas coberturas e serviços complementares do Pasi
Cota:
a empresa paga R$11 mensais pelo seguro de cada funcionário.
Coberturas:
em média, R$20 mil em caso de morte do titular (empregado).
Se a esposa dele falecer, o empregado recebe R$ 10 mil.
Na morte de um filho, recebe R$5.000 (limitado a quatro filhos).
Invalidez:
se for por acidente e doença,o trabalhador recebe R$20 mil.
Funeral:
em caso de morte do trabalhador, a indenização das despesas com funerais é limitada a R$4.000.
Alimentação:
se o trabalhador morrer,a família recebe, de uma vez, duas cestas básicas.
Rescisão:
a empresa recebe o reembolso de todas as despesas da rescisão trabalhista em caso de morte do trabalhador. O valor é limitado a 10%(R$2.000) do capital da cobertura de morte de R$20 mil.
Doença adquirida:
em caso de invalidez por doença adquirida no exercício da profissão, a indenização do Pasi é no valor único de R$20 mil.
Doença congênita:
ocorrendo nascimento de filho ou filha com doença congênita do trabalhador e caracterizada até o sexto mês após o parto, o Pasi indeniza em R$5.000.
Cesta natalidade:
é uma cesta básica dirigida à mãe com alimentação específica para aquele momento da mulher,que também recebe o kit bebê com produtos para o cuidado da criança.
Bônus:
o titular do seguro recebe um bônus de até R$ 523 referente às despesas com o nascimento da criança.